Segurança - Como o Blockchain pode proteger as transações virtuais?
Previsão da economia para os bancos com infraestrutura é de 12 bilhões de dólares
Para muitas pessoas, o modus operandi do
Blockchain ainda é uma incógnita. De forma simplificada, podemos
resumir que se trata de um registro de transações de dados, criando um
histórico resgatável e imutável, que acompanha as informações de maneira
criptografada.
Num futuro próximo, o Blockchain será uma ferramenta tão importante para a segurança dos dados que, segundo relatório recente da Accenture,
fará com que os bancos economizem de 8 a 12 bilhões de dólares em
gastos com infraestrutura. Reforçando isso, em declaração recente, Ilan
Goldfajn, presidente do Banco Central do Brasil, admitiu a importância
da tecnologia Blockchain para o futuro dos bancos centrais mundiais.
Apesar de ser objeto de pesquisa há algum
tempo, o Blockchain ganhou visibilidade quando se adaptou perfeitamente
ao bitcoin. No primeiro trimestre de 2017, o Fórum Econômico Mundial
estimou que o valor total de bitcoins em Blockchain é de aproximadamente
US$ 20 bilhões, 0,025% do PIB mundial. A previsão da entidade é que as
bitcoins e outras moedas digitais armazenadas em Blockchain somarão 10%
do total mundial.
Grandes organizações entenderam a
oportunidade por trás do Blockchain e já começaram a utilizar a
tecnologia. Esse mês, três empresas tradicionais e bem estabelecidas
anunciaram seu uso. A Mastercard permitirá que bancos e comerciantes
parceiros façam transações facilmente por meio de sua própria
Blockchain. A IBM quer reduzir o tempo de compensação financeira para
poucos instantes utilizando a tecnologia para gerenciar documentações e
registrar termos contratuais, o que possibilitará que uma transação seja
praticamente imediata. E o JPMorgan Chase & Co lançou uma mova rede de processamento de pagamentos que também utiliza Blockchain.
O fato é que as empresas estão passando a
viabilizar seu uso, superando problemas como compliance, segurança e,
principalmente, a necessidade de parcerias para assegurar as operações,
fazendo que com o Blockchain deixe de ser só uma tendência e se torne
uma realidade no cotidiano das pessoas.
Num futuro muito próximo, quando pensarmos
nessa tecnologia, ela estará muito além das moedas digitais e permeará o
dia a dia da sociedade. O Blockchain 2.0, segunda geração da
tecnologia, irá levar todas estas funcionalidades para outros nichos,
revolucionando a logística, saúde, indústria musical e audiovisual e
trazendo uma espécie de “pegada digital” para todos os processos
virtuais em diversas áreas.
fonte: https://olhardigital.com.br/pro/colunistas/camillo_di_jorge/2017/11/